DESDE SEMPRE
Minha boca incansável de palavras
Brota de uma fonte inesgotável de idéias.
Calar é arte esculpida em mim
Com espátula de força e vontade.
Parar é arte pintada em mim
Com pincel de necessidade e leveza.
Não é que gosto de trabalhar demais,
É diferente: gosto de pensar;
De sentir a utilidade das minhas veias
No pulso da humanidade.
De saber que aqui ou acolá
Posso produzir, escrever ou cantar.
De tanto deixar-me moldar,
Melhor, de tanto tentar,
Acabei virando uma teimosia divina,
Com a certeza inabalável de um Amor que abraça.
Apesar da minha tranqüilidade inconstante
E das minhas reações inconscientes
Sou olhos em paz e contentes,
Sou de mar e de sol nascente.
Um comentário:
se fez em poesia
algo como auto-poesia.
existe?
se não, acabou de inventar!
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