VOLTEI!
Não como quem sai da rota e a ela retorna, mas como quem morre e renasce diferente, com asas principiantes e amor ao que transforma, transita e integra.
Voltei de mim para mim, após fugas inúteis e reflexões fundamentais.
Por outro lado, voltei de mim para outra, após refúgios desnecessários e pensamentos úteis.
Espontaneidade e prudência, quando em excesso, são desgraça de quem quer alçar vôos rápidos. Mas também de nada valem sozinhas. Assim como cada um de nós e assim como minhas asas...
Eu, com meus recorrentes sonhos de Ícaro, aprendi primeiro a construir o caminho que não encosta no sol em brasas, apenas o contempla.
E entre atalhos e vôos, volto para onde não importa, sem pretensões, exigências, formas, temas ou periodicidade. Apenas o desejo de que cada texto seja como um retorno leve, de algum lugar (que não preciso saber) para onde não é necessário que se tome conhecimento.
Saber-se passado condiz para explicar que tudo é retorno (por isso os textos antigos de cara limpa). Mas saber-se presente e sem explicação condiz para evitar apegos e ridículos suicídios.
Portanto: que apesar de focada no que agora move as asas derretíveis dos meus sonhos, eu, por fim, tenha sempre a coragem de alçar novos vôos e dizer: voltei!
2 comentários:
A sua escrita diz muito, assim como o seu canto.
Bom saber que está de volta... por mais que eu também torça para que você voe bem alto, pois o horizonte é lindo e merece ser visto.
Te adoro Manu!!
Grande beijo Di
Eu quero um lugar do lado da asa esquerda (porque sou canhoto) e na janelinha.
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