CEM SENTIDOS

Meu eu-Ícaro se perde em lirismo insano, quando viver em paz basta.
O sol que ilumina os dias derrete as asas fugazes. O sol que ilumina o infinito não derrete as asas de quem o busca. É impossível, como separar a beleza dessas folhas no chão da beleza das árvores secas.

Viva o obscuro que alimenta as estrelas. Viva o lirismo insano de Ícaro, que se arrisca voar para perto do sol. Viva o sol que derrete meu fim para me dar o infinito. Viva os galhos secos que se fazem teto na primavera. Viva a paz de viver minhas torturas sem tirar dos outros a felicidade. Quero o sol em mim, feita de cera, com minhas asas curtas que falam à vida: curta!

Por isso ultimamente as reflexões que faço se resumem às minhas experiências profundas e vãs, como a filosofia do poeta.

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