NÓS

As entranhas desse saco de sentimentos se confundem com uma cuba de gelo.
Quadrada.
Calculista.
Dura.
Fria.

Uma chama de presente ameaça o sólido de mim.
Tudo que é volátil me alerta ao perigo dos sentimentos disformes.
O gás se molda ao que sou, mas não é palpável.
O líquido é visível, tem cor, expõe e amedronta.

"Pra onde vai uma canção depois do acorde final?"
"Onde vai dar o desamor depois de desatados os nós?"
E onde vão dar os nós depois de desatados os desamores?

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