REVEILLON BRANCO E PRETO

Depois de tanto tempo "calada", queria escrever um texto no qual cada imagem fosse se auto-construindo, para manter a naturalidade do ano que começa. Abstrata, só conjugo a arte moderna das linhas pluri-direcionadas.

Entre miras infelizes e alvos quadrados, me despetalo sem perfume ou cores no meio da escuridão.

Reclamaram do meu sorriso incolor. Desconheceram o meu perfume inodoro. Aceitaram o meu beijo insípido. Nada indolor, tudo absurdo.

Flechas e braços se confundem, e meu abraço violento é incapaz de mirar obras surreais "neste vale de lágrimas".

Até que os campos são floridos, assim como a renda do meu suor; os beijos agridoces são gostosos como os abraços de outrora; o meu perfume enfeita-me de luz.

Vida Nova.

Romper o ano mergulhando no sal da terra para gozar de seus arcos marinhos e ser salva. Vidas.

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