(de diários...) SEM ALÇA

Viagens são maravilhosas sempre.
Fazer malas, às vezes. Desfaze-las, nunca!
A dessa madrugada não serão arrumadas tão cedo... nem sei se dará tempo...

Ah! Contanto que leve minha alma daqui já tá de bom tamanho...
Mente sã em corpo são? Mente turbulenta em corpo inerte!
Hora de reverter essa situação, ainda que viajando “com a roupa do corpo”!



DECOLAGEM
Cozinha, feira, caronas, aeroporto. Despedida num abraço coletivo para passar mais uma vez pela porta que liga o Brasil ao resto do mundo.

Nada como uma nota atrás da outra. Amizade em si já é uma sinfonia. Olha, lá se vão meus passos desenhando a infinita partitura que toca a vontade de viver intensamente.



ITÁLICA ALMA NA MALA

Uma calça de malha
rasgada nos pés.
Uma saia rodada
vestidos, anéis.

Rodinhas quebradas
como me movo?
sacola pesada
biscoito, miojo.

Passagem do corpo
hoje, talvez...
Passagem do espírito
já fui, já voltei...

Me queimo no ferro
esfrio a cabeça
esquento o lençol
te derreto ou me esqueça

Viagem marcada
caminho sem fim:
Passar minha alma
e trazer um jardim.

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