ABRIGOS FRATERNOS

Vou desdizer o que sou, o que fui sem saber.
O que hoje lamento não mais poder ter.
O que sinto aqui dentro, desatado ou implacável.

Vou sair por aí, deletando mensagens encaminhadas e frases feitas.
Resgatando olhares puros e fases perfeitas.
Questionando injustiças e desfeitas.

Vou voltar pro meu lar.
Pros abrigos fraternos que a mim se abrem.
Pros colos sinceros que me cedem.

Vou voar. Não vou mais falar.

Vou colocar a minha liberdade de expressão em garrafas de vidro.
Contraditória transparência.
Vou contar tudo isso pras ondas do mar.

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